Mentir no currículo é crime? Veja as mais comuns
Mentir no currículo é crime? O que as pessoas mais mentem no currículo? Confira as respostas nesse post esclarecedor!
Mentir no currículo: Embora não pareça grave, colocar informações falsas no currículo vão te fazer perder a vaga e, de quebra, pode até dar cadeia.
Currículo fake? Isso mesmo! Algumas pessoas mentem no currículo apenas para chegar na entrevista. Mas esquecem que os recrutadores não nasceram ontem, e sabem muito bem como identificar mentiras no currículo.
Ao mentir no currículo, é muito difícil que essa informação falsa resista à bateria de perguntas. Uma questão vai puxando a outra, e chega uma hora que as respostas não vão bater. É aí que o mentiroso é desmascarado.
Provavelmente, o entrevistador não vai dizer na sua cara que você está mentindo, nem chamar a polícia ou coisa assim. Ele só vai jogar o seu currículo no lixo após a entrevista. E deixar você queimado na empresa.
Mentir no currículo é crime?
Sim, mentir no currículo pode ser considerado crime. O currículo é um documento, e colocar informações falsas ou mentir no currículo pode ser considerado falsidade ideológica. E se for condenado já sabe, a pena prevista é de até cinco anos de prisão e multa.
Quer ver ficar mais complicado? É só juntar ao currículo um comprovante com fraude (como holerite ou comprovante de residência).
Vale a pena? Não mesmo.
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As mentiras mais comuns no currículo
Sabendo do crime ou não, muita gente costuma mentir no currículo. E os recrutadores não caem mais em informações falsas. Geralmente a etapa da entrevista é onde essas pessoas que mentem no currículo caem do cavalo.
Vem conferir com a gente as mentiras mais comuns no currículo:
Falsa fluência em idiomas
Essa é uma mentira clássica nos currículos. Com a exigência cada vez maior do inglês e outras línguas, tem se tornado muito comum. E também é a mais fácil de ser identificada. Basta um teste de conversação para que o recrutador tenha a real noção do seu conhecimento da língua.
A sugestão é classificar (baixo/intermediário/alto) a sua habilidade entre ler, escrever, entender e falar. Eu mesmo consigo ler textos em inglês num nível intermediário, baixo entendimento do inglês falado e não consigo falar nem escrever.
É feio assumir isso, vai reduzir muito minhas chances de uma entrevista? Depende da vaga, mas é melhor que fazer cara de tacho quando a entrevistadora disser que a entrevista será 100% em inglês.
Qualificações e cursos que não participou
Muitos acabam inventando ter concluído algum curso superior ou técnico para tentar se sobressair entre os outros candidatos. Mas essa é uma mentira que não dura muito tempo.
Imagina se você concorre a uma vaga de nível superior completo, mas não tem essa escolaridade. Se você for contratado, como vai comprovar sua qualificação se a empresa pedir? Vai fraudar um certificado de nível superior? Já vimos que não é uma boa ideia.
O mesmo vale para cursos de qualificação: Não invente qualificações, pois pode ser que você seja testado a respeito delas. Imagina se você fala que fez um curso de confeiteiro e lá na hora da entrevista tem uma especialista junto? Nem quero ver a cara de tacho.
Cargos e funções que não exerceu
Tem candidato que adiciona experiências profissionais que nunca teve. Assim como o exemplo anterior, é fácil de ser desmascarado. Você vai ter que entregar a carteira de trabalho pra eles. Ou comprovar os CNPJ, caso alegue ser pessoa jurídica.
E o pior, se for contratado, vai passar sufoco para exercer as tarefas que supostamente já era experiente por conta dos empregos anteriores fakes.
Enfim, mentir no currículo sobre cargos e funções que não exerceu é uma péssima ideia.
Trabalho voluntário que não existe
Quem lê as matérias de revistas como Você S/A, ou passa algum tempo no Linked in sabe que participar de trabalho voluntário faz uma diferença no currículo, pois os recrutadores adoram. Ainda mais agora, que as empresas estão cada vez mais engajadas em políticas sociais e ambientais.
Mas não vale a pena mentir no currículo que faz trabalho voluntário nas horas vagas para parecer uma pessoa melhor. Ao contrário né… vai te colocar na categoria dos mentirosos.
Se você tem dúvida se a atividade que faz pode ser considerada um trabalho voluntário, deixe para contar na entrevista.
Informar salário anterior maior do que o real
Algumas empresas pedem que o candidato coloque no currículo o valor do último salário recebido no emprego anterior, ou envie o último holerite junto. E daí já viu né, na vontade de ganhar mais, o candidato acaba aumentando um pouco. O espertão logo pensa “vou considerar o mês de férias, que tem 1/3 do salário junto”.
Mas é óbvio que a empresa vai ter acesso a essa informação junto ao empregador anterior (os RHs sempre se conhecem), ou também podem comprovar na carteira de trabalho.
Não minta (nem fale mal) sobre o seu emprego anterior, no currículo e na entrevista.
Tempo de serviço diferente
Aqueles trabalhadores que permanecem pouco tempo em várias empresas costumam maquiar as datas de entrada e saída dos empregos para tentar enganar os recrutadores.
O motivo disso já é ultrapassado. Existe (ou existia) um senso comum de que se a pessoa passou por vários lugares e não firmou em nenhum deles, é porque não é um bom empregado.
Mentira. Trabalhei por 5 anos na mesma empresa, como terceirizado. E a cada ano mudava a empresa na qual eu era registrado (mas eu continuava no mesmo lugar, na mesma função). Ou seja, minha carteira tem uma parte que tem 5 empresas diferentes com curto prazo entre uma contratação e outra. E isso não me prejudicou nas entrevistas seguintes, foi só explicar o que acontecia.
Ou seja, não precisa se envergonhar de ter vários registros na carteira. O mercado de trabalho mudou – e os recrutadores, tenha certeza, sabem disso.
Endereço e contato falsos
Tem algumas vagas de emprego específicas que pedem que os candidatos residam perto da empresa. Para reduzir custos com transporte, ou por que exigem a prontidão e disponibilidade do funcionário. E, nessas vagas, é comum o candidato mentir no currículo que mora perto do endereço da empresa contratante, colocando o endereço de um amigo ou familiar. Ou até um endereço falso mesmo.
O problema aqui é que em algum momento você vai precisar comprovar essa residência. E aí, como faz?
A melhor alternativa é não mentir no endereço, e deixar essa vaga de lado.